(Reuters) - Um juiz federal norte-americano bloqueou temporariamente nesta segunda-feira o plano do presidente Barack Obama para proteger da deportação milhões de imigrantes ilegais, um tema que deve ser explorado na campanha presidencial de 2016.
Numa decisão favorável a duas dezenas de Estados que são contra o plano, o juiz Andrew Hanen, de Brownsville, no Texas, afirmou que o governo não seguiu os procedimentos adequados. A Casa Branca afirmou que irá apelar contra a decisão.
Obama anunciou em novembro um programa para suspender a ameaça de deportação contra cerca de 4,7 milhões de imigrantes ilegais, usando a sua autoridade executiva. A medida não passou pelo Congresso, que não aprovou a reforma na legislação migratória apesar das várias tentativas.
O programa permite que 4,4 milhões de pessoas, cujos filhos são cidadãos norte-americanos, permaneçam no país temporariamente.
Outras 270 mil pessoas poderiam ficar devido à expansão de um programa de 2012, que impede a deportação de pessoas trazidas ilegalmente aos EUA quando crianças. Tal expansão estava prevista para começar a vigorar nesta quarta-feira.
Vinte e seis Estados, liderados pelo Texas e seu governador republicano, Greg Abbott, entraram com uma ação contra o governo federal alegando que o programa de Obama viola os limites constitucionais do poder presidencial.
(Reportagem de Jeff Mason)